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Você sabe qual é a Corrente Crítica da sua Obra?

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Qual é a sua meta? Qual é a meta da sua carreira? Onde você quer chegar?

 

 

Da mesma maneira que você tem metas para sua vida particular ou profissional, sua obra ou projeto também tem metas semelhantes. Ela também tem um objetivo maior e você como responsável da obra deve saber isso, ou pelo menos tentar.

 

Todas as obras tem uma espécie de tríade de apoio, que é o tempo, o custo e a qualidade. Mas, você sabe qual é a meta do seu empreendimento?

 

É entregar em uma data específica sem poder atrasar de jeito nenhum, é não estourar o custo ou é a qualidade que deve ser rigorosamente perfeita?

 

Pra começar a falar sobre caminho crítico, você precisa ter estas respostas e entender qual é a meta do seu projeto.

 

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Na maioria das vezes, quando alguém monta um planejamento, essa pessoa cria uma meta direcionada ao tempo e sempre que nós direcionamos a meta ao tempo, ele acaba escondendo certas situações.

 

Por isso, é importante na hora de você montar o seu planejamento, não completar o quadro de tarefas do seu cronograma só até as predecessoras.

 

O certo é inserir os recursos, custos e as demais informações que estão envolvidas, senão você terá somente um caminho crítico que vai te dizer qual é a duração mínima do seu projeto (atividades sem folga no tempo).

 

Ok! Mas saber a duração mínima do meu projeto não é o suficiente?

 

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Esse é o ponto principal: nem sempre é o caminho crítico que vai ditar o andamento da sua obra e você pode acabar tendo atrasos ou até mesmo perder o controle dela por causa disso, pois o gargalo pode não estar aí e sim em outros recursos, seja ele físico ou não físico.

 

Bom, mas antes de entrar nesse debate eu vou explicar pra você o que é uma restrição.

 

Restrição

 

é qualquer fato que pode te impedir de ter o máximo de aproveitamento naquilo que você está desenvolvendo. Então, se você colocou no seu planejamento que aquele pacote de trabalho vai durar 10 dias, pronto! Você tem que verificar qual restrição pode te impedir de cumprir esse prazo. E a restrição sempre vai ser o elo mais fraco.

 

Então, imagine uma linha de produção na qual o primeiro operador processa 10 produtos/minuto, o segundo processa 10 produtos/minuto e assim por diante e no meio da linha de produção tem 1 operador que processa apenas 7 produtos/minuto.

 

O resultado da sua linha de produção sempre vai ser igual ao seu elo mais fraco, nesse caso, o operador que processa 7 produtos/minuto. Logo, se existe um elo mais fraco, não adianta nada investir em agilidade para os outros operadores.

 

E dentro da engenharia, se existe um setor que não consegue dar conta de mais atividades, não adianta nada investir em outros setores, porque se este não der vazão ao serviço dele, trava tudo e você terá sempre aquele mesmo atraso.

 

O que isso quer dizer?

 

Quer dizer que, se você puxar uma corrente ela sempre vai estourar no elo mais fraco e esse elo mais fraco vai ser a sua restrição. Essa restrição pode ser física ou não física, como um equipamento, uma equipe, situações emocionais, fluxo de caixa, setores mais produtivos que outros, clientes, etc.

 

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Com isso foi criada a teoria das restrições, que nada mais é que um ciclo, parecido com o PDCA, de como se trabalhar com essas restrições. Ela foi feita para um ambiente fabril, mas nós estamos trazendo para a construção civil.

 

Você deve estar se perguntando: “E como eu trabalho o meu cronograma pra eliminar esses possíveis atrasos?”

 

# IDENTIFICANDO A RESTRIÇÃO

 

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Bom, o primeiro passo é identificar qual é a restrição do sistema. Se a obra tem que ser entregue inadiavelmente dentro de um prazo, a restrição vai ser de tempo. Se o gargalo da sua obra é o caixa, então é preciso segurar muito o custo, e assim por diante.

 

# OTIMIZAÇÃO DO TEMPO/ EXPLORAR RESTRIÇÃO

 

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Depois de identificar, você terá que “proteger” essa restrição, deixando o tempo como está no cronograma e tentando otimizar ele na prática. Por exemplo, se está no cronograma que o tempo de tal atividade é de 10 dias, você tenta realiza-la em 7 dias. Essa será uma fase de testes.

 

# SUBORDINANDO E SINCRONIZANDO

 

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Depois de você explorar várias possíveis soluções dessa restrição, você deve sincronizar todos os recursos envolvidos nela como se estivesse criando um “pulmão”, ou seja, ao reduzir de 10 para 7 dias, mantenha esses 3 dias no cronograma e com o passar do tempo você vai otimizando esse processo e poderá então retirar esse pulmão do seu planejamento.

 

Claro que isso exige um cálculo mais complexo, que levaria muito mais tempo que aqui, eu estou tentando explicar em 10 minutos. Se você tem esse problema na sua obra, vale a pena você procurar sobre a teoria das restrições.

 

# ATACANDO A RAIZ DO PROBLEMA

 

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Por último, você deverá atacar a causa raiz da restrição.

 

Por exemplo: pode ser que você não tenha equipe e esteja precisando dividir o pessoal em duas turmas, mas está faltando funcionários e talvez o problema seja a falta de recursos pra contratação.

 

Por isso, é importante buscar qual é a causa raiz dessa restrição. E, atacando a causa raiz, provavelmente todos esses problemas vão acabar.

 

# RESTRIÇÃO ALTERADA

 

Enfim, quando você conseguir acabar com essa restrição é só voltar para o primeiro passo e descobrir uma nova restrição. E, caso não tenha sido possível acabar com ela, volte para o primeiro passo para tentar otimizar esta estrição novamente.

 

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É isso! Vendo desta forma tudo fica mais claro, não é?

 

Espero que você tenha gostado das dicas!

 

Quinta-feira, dia 10/09 eu estarei ao vivo para falar mais com você sobre Planejamento de Obras e Cronograma.

 

Para se cadastrar e participar da Palestra ao vivo e online, é só clicar no link abaixo. As vagas são limitadas então, corra e se inscreva!

 

CLIQUE AQUI E SE INSCREVA!

 

Um forte abraço,

 

Erick Ruas


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